Daniela Aragão: Como apareceu a música em sua vida?
Márcio Hallack: Quando eu tinha cinco anos de idade uma tia minha chamada Bia, que mora em São Paulo , irmã da minha mãe, me levou para assistir ao filme Suplício de uma saudade. É um fato da minha infância. Mas a coisa começou no filme que tem a música “Love is many explendored thing” (cantarola). Eu pedi para ver mais um pouquinho o filme, a sessão seguinte eu queria ver. Ela perguntou: “- mas porque você quer ver de novo?” Eu disse que queria ouvir a música. Cheguei em casa com o dedinho e toquei a música.
Daniela : Sempre lhe perguntam quem vem em primeiro a musica ou a medicina .
Márcio: As duas são femininas. E nem uma das duas tem ciúmes uma da outra. Isso responde uma porção de coisas. daí por diante comecei a me especializar. convivi com muita gente no Rio, com Luizinho Eça , Hermeto Pascoal e seu grupo que volta e meia vinha em Juiz de fora para tocarmos.
Daniela: E o novo projeto
Márcio: Sim. Esse disco de canções que eu vou fazer agora, estou animado. Gravei uma série de canções minhas apenas piano e voz, eu mesmo cantando.
Daniela: E você tem uma entrada no cinema
Márcio: Exatamente. Eu fiz o Rei do Samba, depois fiz uma outra participação com o Zé Sette também no Janela do Caos, inspirado na vida do poeta Murilo Mendes. E recentemente participei de um curta chamado Rochedo de Minas, esse eu participei tocando e como arranjador. Esses filmes rodam por aí.
Daniela: E com relação ao Festival de Jazz de Tiradentes, você teve uma importância fundamental na concretização dele. É um Festival iniciante que está erguendo com um trabalho sério. Eu participei da segunda edição
Como cronista do evento .
Márcio: Sim, Zézinho costumava ir com freqüência em minha casa para tocar-mos . Certo dia veio o Vicente e me falou do projeto do DUOJAZZ em Tiradentes . O nome veio do DOIS em DUO formado Por Zezinho
( guitarra) Vicente Martins (percussão) ,que atuavam desde 2007 na cidade. Este trabalho marcou época. Sendo chamado atenção do Cartunista
Jaguar que mensionou em sua coluna no O GLOBO ,aos que viessem a Tiradentes não perdesse as apresentações que aconteciam de quinta a sábado na Biritaria Conto de Réis. Além da minha participação como musico indiquei todos os músicos que participaram da primeira e quase Todos da segunda edição. Como Victor Biglionne,Guinga,AC,Otavio etc.
Na segunda edição não pude partcipar por motivos particulares ,
Daniela: Eu participei do festival o ano passado entrevistando alguns músicos e achei bonita a generosidade do Guinga, que mesmo com problemas de saúde não deixou de ir, por acreditar na proposta.
Daniela: E os trabalhos atuais então?
Márcio: Tem o meu disco de canções que mistura a coisa brasileira do choro mas que vem para uma linguagem bastante moderna, romântica, erudita, misturada, nem eu sei te explicar. Mas digo que mexeu comigo.
Daniela: Marcinho muito obrigada, adorei.
(por Daniela Aragão)
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