quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Entrevista com o pianista, arranjador e compositor Márcio Hallack







  
Daniela Aragão: Como apareceu a música em sua vida?

Márcio Hallack: Quando eu tinha cinco anos de idade uma tia minha chamada Bia, que mora em São Paulo, irmã da minha mãe, me levou para assistir ao filme Suplício de uma saudade. É um fato da minha infância.  Mas a coisa começou no filme que tem a música “Love is many explendored thing” (cantarola). Eu pedi para ver mais um pouquinho o filme, a sessão seguinte eu queria ver. Ela perguntou: “- mas porque você quer ver de novo?” Eu disse que queria ouvir a música. Cheguei em casa com o dedinho e toquei a música.

Daniela  : Sempre lhe perguntam quem vem em primeiro a musica ou a medicina .

 Márcio As duas são femininas. E nem uma das duas tem ciúmes uma da outra. Isso responde uma porção de coisas. daí por diante comecei a me especializar. convivi com muita gente no Rio, com Luizinho Eça , Hermeto Pascoal e seu grupo que volta e meia vinha em Juiz de fora para tocarmos.

Daniela: E o novo projeto

Márcio: Sim. Esse disco de canções que eu vou fazer agora, estou animado. Gravei uma série de canções minhas apenas piano e voz, eu mesmo cantando.

Daniela: E você tem uma entrada no cinema

Márcio: Exatamente. Eu fiz o Rei do Samba, depois fiz uma outra participação com o Zé Sette também no Janela do Caos, inspirado na vida do poeta Murilo Mendes. E recentemente participei de um curta chamado Rochedo de Minas, esse eu participei tocando e como arranjador. Esses filmes rodam por aí.

Daniela: E com relação ao Festival de Jazz de Tiradentes, você teve uma importância fundamental na concretização dele. É um Festival iniciante que está erguendo com um trabalho sério. Eu participei da segunda edição
Como cronista do evento .

Márcio: Sim, Zézinho costumava ir com freqüência em minha casa para tocar-mos . Certo dia veio o Vicente e me falou do projeto do DUOJAZZ em Tiradentes . O nome veio do DOIS em DUO formado Por Zezinho
 ( guitarra) Vicente Martins (percussão) ,que atuavam desde 2007 na cidade. Este trabalho marcou época. Sendo chamado atenção do Cartunista
Jaguar que mensionou em sua coluna no O GLOBO ,aos que viessem a Tiradentes não perdesse as apresentações que aconteciam de quinta a sábado na Biritaria Conto de Réis. Além da minha participação como musico indiquei todos os músicos que participaram da primeira e quase Todos da segunda edição. Como Victor Biglionne,Guinga,AC,Otavio etc.
Na segunda edição não pude partcipar por motivos particulares ,

Daniela: Eu participei do festival o ano passado entrevistando alguns músicos e achei bonita a generosidade do Guinga, que mesmo com problemas de saúde não deixou de ir, por acreditar na proposta.


Daniela: E os trabalhos atuais então?

Márcio: Tem o meu disco de canções que mistura a coisa brasileira do choro mas que vem para uma linguagem bastante moderna, romântica, erudita, misturada, nem eu sei te explicar. Mas digo que mexeu comigo.

Daniela: Marcinho muito obrigada, adorei.




(por Daniela Aragão)

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